A região foi explorada a partir de 1734, durante o Ciclo do Ouro, formando o Arraial de Congonhas do Campo. Em 1757, o minerador português Feliciano Mendes, curado de grave doença, cumpriu promessa construindo uma capela ao Bom Jesus de Matosinhos (cópia do santuário português). O local tornou-se centro de peregrinação.
No final do século XVIII, Aleijadinho (Antônio Francisco Lisboa) e Mestre Ataíde criaram as obras-primas: os 12 Profetas no adro e as capelas dos Passos da Paixão. A cidade participou da Guerra dos Emboabas (1707-1709) e prosperou com o ouro. Tombada pelo IPHAN, preserva o maior conjunto barroco-rococó do Brasil. Hoje, une fé (Sala dos Milagres com ex-votos) e arte.
Aeroporto mais próximo: Belo Horizonte-Confins (CNF), a cerca de 140 km.
Não há trem turístico em Congonhas; o mais próximo é o de Ouro Preto-Mariana ou São João del-Rei-Tiradentes.
O centro é compacto, com subidas íngremes – use calçados confortáveis.
Santuário Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos (entrada gratuita): Principal atração, com os famosos 12 Profetas de Aleijadinho em pedra-sabão (adro), 6 capelas com 66 esculturas da Paixão de Cristo (cedro policromado) e interior rico em talha dourada por Mestre Ataíde. Sala dos Milagres com ex-votos.
Museu de Congonhas (ao lado do Santuário): Moderno, interativo, com exposições sobre Aleijadinho, barroco e história. Valor: R$ 10 (inteira); gratuita às quartas. Horário: Ter-dom 9h-17h (quartas até 21h).
Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição: (séc. XVIII), com obras de Aleijadinho e pai.
Igreja de São José Operário (ou Nossa Senhora da Conceição de Baixo): Neoclássica (1817).
Igreja do Rosário: Mais antiga (fim séc. XVII), construída por escravos.
Romaria (Centro Cultural): Antigo abrigo de romeiros pobres (1930s), hoje museu gratuito.
Museu da Imagem e Memória: História local, gratuito.
Parque Ecológico da Cachoeira: Natureza com trilhas e cachoeiras (Água Limpa).
Culinária mineira típica: tutu, frango com quiabo, tropeiro, doces e quitandas.
Recomendações:
Estância Real (BR-040): Comida farta, self-service, empório regional.
Santíssimo Bistrô (próximo ao Santuário): Mineira moderna, bom custo-benefício.
Casa da Ladeira: Tradicional.
O Tropeiro: Buffet e churrasco.
Savanas do Frango: Especializado em aves.
Experimente no centro ou rodovia.
Principal: Jubileu do Senhor Bom Jesus de Matosinhos – uma das maiores peregrinações de MG, com ~200 mil visitantes.
Datas: Tradicionalmente 7 a 14 de setembro (Exaltação da Santa Cruz).
2025: 6 a 15 de setembro (244ª edição).
Programação: Missas diárias, procissões (abertura, velas, encerramento), confissões, barraquinhas com artesanato e comida.
Destaques: Procissão com imagem do Bom Jesus, Sala dos Milagres aberta.
Outros: Festa de Santos Reis (janeiro), eventos culturais no Museu.
Opções limitadas; muitas em arredores (São Brás do Suaçuí ~30 km). Preços aproximados para quarto duplo (2025/2026, baixa temporada; alta/feriados +50%):
Pousada Circuito dos Inconfidentes: Piscina externa, perto do Santuário. Diárias ~R$ 238-500. Nota alta em conforto.
Hotel Colonial: Casarão histórico ao lado do Santuário, charmoso.
Hotel H2 Congonhas: Moderno, academia, piscina.
Custo-Benefício (R$ 200-400)
Pousada Casarão da Pedra: Piscina, jardim.
Outras: Pousada Alves (arredores), opções simples no centro ~R$ 170-300.
Reserve com antecedência no Jubileu. Consulte Booking/TripAdvisor para telefones e valores exatos.
Melhor época: Abril-setembro (menos chuva); setembro para Jubileu (mas lotado).
Duração ideal: 1 dia para principais; 2 dias com natureza.
Roteiro sugerido (1 dia): Manhã no Santuário e Museu; tarde igrejas e centro.
Valores: Santuário gratuito; Museu R$10; refeições ~R$40-80/pessoa.
Explore a pé o centro; carro para cachoeiras.
Alta temporada: Jubileu e feriados – reserve tudo.
Congonhas é uma joia do barroco mineiro, onde arte, fé e história se encontram em um cenário inesquecível. Imperdível para roteiros pelas Cidades Históricas de Minas Gerais!