Turismo Rio Branco: Roteiro Completo na Capital

Rio Branco, a charmosa capital do Acre, é o principal portal para quem deseja desvendar os mistérios e a rica história da Amazônia Ocidental. Conhecida como a "Terra do Último Sol Poente do Brasil", a cidade oferece um roteiro imperdível que equilibra patrimônio histórico-cultural, arquitetura imponente e contato direto com a natureza exuberante.

A capital acreana foi palco da Revolução Acreana e do Ciclo da Borracha, temas que dominam seus principais museus e monumentos.

principais pontos turísticos de Rio Branco, Acre

1. Palácio Rio Branco

Palácio Rio Branco: Detalhes e Curiosidades

O Palácio Rio Branco é um dos símbolos mais icônicos de Rio Branco, capital do Acre, e representa um marco na história e na arquitetura do estado. Inaugurado em 1930, ele serve como sede do governo estadual e, desde 2008, também como Museu Palácio Rio Branco, aberto à visitação pública. Abaixo, compilei detalhes históricos, arquitetônicos e práticos, além de curiosidades interessantes para enriquecer sua subpágina no site de feriados. Como o foco do site é em datas comemorativas, destaquei conexões com eventos históricos que inspiram celebrações no Acre, como a Revolução Acreana.

História e Construção

Origens e Contexto: Antes do Palácio, o governo do Território Federal do Acre (criado em 1904, após a anexação do território à União) funcionava em um casarão de madeira, construído entre 1912 e 1929. Esse prédio, similar ao de Cruzeiro do Sul, deteriorou-se e não suportava o crescimento da administração pública. A construção do novo palácio marcou uma fase de modernização urbana em Rio Branco, impulsionada pelo governador Hugo Ribeiro Carneiro (1927-1931), conhecido como um dos "grandes construtores" do Acre.
Cronologia Chave:
- 15 de junho de 1929: Lançamento da pedra fundamental, no segundo aniversário do governo de Carneiro, com presença de autoridades e populares – um evento que poderia ser ligado a comemorações de modernização territorial.
- 1930: Inauguração parcial (ainda inacabada), junto com outras obras em alvenaria, como o Mercado Público e o Quartel da Força Policial.
- Anos 1940: Conclusão total durante o governo de Guiomard Santos.
- 1999-2002: Fechamento para reforma ampla, devido a riscos estruturais e falta de manutenção. Revitalizado sob o governo de Jorge Viana, incorporou função museológica.
- Dezembro de 2005: Tombamento como Patrimônio Histórico e Cultural do Estado do Acre.
- 13 de junho de 2008: Instituído oficialmente como Museu Palácio Rio Branco, pelo governador Binho Marques.
- Atualidade (2025): Uma nova revitalização está em planejamento, com investimento superior a R$ 2 milhões, para conservação e adequação de espaços, sob determinação do governador Gladson Cameli.
Projeto Arquitetônico: Desenhado pelo arquiteto alemão Albert (ou Alberto) Massler, o palácio mescla neoclássico (inspirado em templos gregos, com colunas dóricas e jônicas na fachada) e elementos art déco. Foi o primeiro prédio de alvenaria (masonry) no Acre, uma inovação ousada: na época, acreditava-se que o solo argiloso de Rio Branco não suportava construções pesadas, e a maioria das edificações era de madeira. A obra usou madeiras nobres da floresta amazônica e demandou logística complexa para transportar materiais.

O Museu e o Acervo

O primeiro andar é dedicado ao museu, com acervo fixo que narra a história do Acre por meio de móveis antigos, objetos, fotos, vídeos, documentos e depoimentos. Temas incluem:

Patrimônio arqueológico: Geoglífos (formas geométricas milenares no Vale do Acre).
Revolução Acreana (1899-1903): Luta pela anexação ao Brasil, celebrada em feriados como o Dia da Revolução Acreana (6 de agosto).
Ciclo da borracha: Vida seringueira, empates (protestos não violentos) e a luta de Chico Mendes (líder sindical assassinado em 1988, símbolo da preservação ambiental).
Formação do estado: Do Território Federal à elevação a estado em 1962.

O segundo andar é reservado para atividades oficiais do governo (não acessível ao público). Desde a reabertura em 2002, o museu recebeu mais de 278 mil visitantes, incluindo turistas nacionais e internacionais – um crescimento que reflete o interesse crescente pela identidade acreana.

Informações Práticas para Visitantes

Localização: Avenida Getúlio Vargas, Praça Eurico Gaspar Dutra, Centro, Rio Branco – AC. Fica ao lado do Memorial dos Autonomistas e próximo à Praça dos Povos da Floresta.
Horários: Terça a domingo (e feriados), das 8h às 18h (confirme atualizações, pois variações ocorrem em datas comemorativas).
Ingressos: R$ 5 para adultos; R$ 2,50 para estudantes e idosos; grátis para crianças até 7 anos.
Acessibilidade: Visitas guiadas gratuitas disponíveis; o pátio externo é acessível.
Dicas: Combine com atrações próximas, como o Obelisco dos Heróis da Revolução Acreana (no pátio do palácio, erguido na década de 1930 em homenagem aos combatentes) e a Fonte da Sagração (ou Fonte Luminosa, de 1948, em honra ao primeiro bispo do Acre, Dom Júlio Mattioli).

Curiosidades e Fatos Interessantes

Inovação "impossível": A construção desafiou o mito local de que "o solo do Acre não aguenta alvenaria". Hugo Carneiro testou a teoria com o Mercado Público em 1926 (que "deu certo") e seguiu com o palácio, inaugurando uma era de urbanismo moderno. Imagine o espanto dos moradores vendo colunas gregas surgir na selva!
Conexão com feriados: O Obelisco no pátio homenageia a Revolução Acreana, que culminou no Tratado de Petrópolis (1903) – celebrado em 17 de novembro (Dia do Acre). Visitas em datas como essa ganham tom patriótico.
Abandono e renascimento: Nos anos 1990, o palácio foi quase um "fantasma": móveis sumiram ou apodreceram. A reforma de 2002 resgatou itens originais, como o forro do Salão Nobre de 1940, transformando-o em um "portal da história acreana".
Influência estrangeira: O arquiteto Massler foi contratado especialmente do exterior, trazendo sofisticação europeia para o fim do mundo (como o Acre era chamado). O estilo neoclássico-art déco o torna único na Amazônia.
Recorde de visitantes: Mais de 270 mil pessoas desde 2002, com acreanos redescobrindo sua própria história – prova de que o palácio não é só para turistas, mas um "embaixador" da identidade local.
Vizinhança histórica: Ao lado, a Fonte Luminosa ilumina noites de festas juninas ou aniversários da cidade (28 de dezembro). E o Jardim do Palácio (anos 1930) virou estúdio de rádio nos 1940!

2. Calçadão da Gameleira e Novo Mercado Velho

Calçadão da Gameleira e Novo Mercado Velho: Detalhes e Curiosidades

Esses dois ícones de Rio Branco, capital do Acre, formam o coração do centro histórico da cidade, às margens do Rio Acre. O Calçadão da Gameleira representa o berço da fundação da capital, enquanto o Novo Mercado Velho simboliza a modernização urbana do estado. Ambos foram revitalizados na década de 2000 e estão conectados pela Passarela Joaquim Macedo (ponte estaiada para pedestres, inaugurada em 2006), ideal para passeios em feriados como o Aniversário de Rio Branco (28 de dezembro) ou o Dia do Acre (15 de junho). Abaixo, detalhes históricos, práticos e curiosidades para enriquecer sua subpágina no site de feriados – com ênfase em ligações com datas comemorativas que celebram a identidade acreana, como o ciclo da borracha e a Revolução Acreana.

Calçadão da Gameleira

Esse calçadão pedestre, à margem direita do Rio Acre, é o ponto de partida da história de Rio Branco. Revitalizado em 2002 pela Fundação Elias Mansour (FEM), ele se tornou um espaço multicultural com quiosques, bancos e vistas panorâmicas, frequentado por famílias e turistas.

História e Construção:
- Fundação (1882): O seringalista Neutel Maia, navegando pelo Rio Acre, avistou uma gameleira centenária imponente – símbolo de perseverança para os acreanos – e ali fundou o Seringal Volta da Empreza, precursor da capital. O local marcou o "estirão" do rio, ponto de atracação de vapores, e evoluiu para a primeira rua de Rio Branco (inicialmente Rua 17 de Novembro, em homenagem ao Tratado de Petrópolis de 1903, que anexou o Acre ao Brasil).
- Desenvolvimento: No ciclo da borracha (final do século XIX/início do XX), o calçadão era o centro comercial e portuário, com casarões de madeira que abrigavam seringueiros e comerciantes. Os relevos monumentais (construídos na gestão do prefeito Jorge Kalume, em 1988) narram a subida do rio, a fundação do seringal e a urbanização da cidade.
- Tombamento e Revitalização: Tombado como monumento histórico em 1981 pela Prefeitura de Rio Branco. A reforma de 2002 transformou-o em espaço de lazer, com preservação da árvore-gameleira e adição de um mastro para a bandeira acreana.
O Espaço e o Acervo Cultural:
- Abriga casarões antigos reformados, lanchonetes e o Monumento à Bandeira Acreana. É palco de eventos como apresentações ao ar livre, feiras de artesanato e exposições sobre a Revolução Acreana (celebrada em 6 de agosto).
- Painéis explicam o "empurra" dos seringueiros bolivianos e a luta pela autonomia, conectando ao Dia da Bandeira (25 de junho).

Novo Mercado Velho

Localizado à margem esquerda do Rio Acre, esse conjunto arquitetônico é o primeiro grande prédio público de alvenaria do Acre, inaugurado em 1929 como Mercado Municipal. Revitalizado em 2002 (e rebatizado "Novo" para honrar sua herança), ele mistura comércio tradicional com gastronomia regional, atraindo visitantes para provar tacacá e costela de tambaqui.

História e Construção:
- Inauguração (15 de junho de 1929): Projetado no governo do governador Hugo Ribeiro Carneiro (1927-1931), que ousou desafiar o mito de que o solo argiloso do Acre não suportava alvenaria. Foi o segundo prédio nesse estilo (após testes em 1926), marcando a "revolução urbana" de Rio Branco – de uma "cidade de pau" para estruturas modernas. A data de abertura coincide com o aniversário de gestão de Carneiro, celebrando o progresso territorial.
- Declínio e Renascimento: Nos anos 1970-1990, sofreu com ocupações irregulares e um incêndio de grandes proporções, virando um "problema urbano". A revitalização de 2002 (governo Jorge Viana) reconstruiu os dois prédios principais, preservou azulejos originais dos anos 1920 e integrou a Praça da Bandeira e a Rua Epaminondas Jácome. Em 2010, tombado pelo Conselho Estadual de Patrimônio Histórico (Resolução nº 19).
- Atualidade (2025): Em junho de 2022, a Prefeitura celebrou seus 93 anos pela primeira vez na história, com bolo e café da manhã para comerciantes – um evento que pode inspirar programações em feriados futuros.
O Mercado e o Acervo:
- Abriga barracas de ervas, produtos religiosos (umbanda e católicos), lojinhas de artesanato e o famoso "Doutor Raiz" (Raimundo Nonato, vendedor de raízes medicinais há décadas). Bares e restaurantes externos oferecem som ao vivo às terças e fins de semana.
- O conjunto "Homenagem ao Povo Acreano" (esculturas de Christina Motta) inclui estátuas femininas que simbolizam a representatividade das mulheres no ciclo da borracha, destacadas em documentários como a série "Lugar de Fala" (2023).

Informações Práticas para Visitantes

Ambos os locais são acessíveis a pé ou de bike, ideais para roteiros em feriados nacionais (como Corpus Christi, em junho) ou locais (Aniversário do Acre, 15 de junho). Combine com a Passarela Joaquim Macedo para cruzar o rio.

Curiosidades e Fatos Interessantes

Árvore que "fundou" uma capital: A gameleira centenária do Calçadão inspirou Neutel Maia em 1882; lenda diz que seringueiros se escondiam dela durante conflitos com bolivianos na Revolução Acreana – um "esconderijo natural" que virou símbolo de resistência.
Mito derrubado na margem do rio: O Novo Mercado Velho provou que alvenaria era viável no Acre, impulsionando construções como o Palácio Rio Branco. Historiadores chamam isso de "revolução de Carneiro" – imagine o espanto ao ver o prédio "flutuar" no solo argiloso!
Enchentes como "vizinha inseparável": Moradores do Calçadão relatam que, em cheias do Rio Acre (comum em feriados chuvosos como Carnaval), o local vira "ilha" – mas a revitalização de 2002 elevou o piso para mitigar isso.
Mulheres no centro da história: As estátuas femininas do Novo Mercado Velho (como a de uma seringueira) foram destaque em série nacional sobre representatividade (2023), honrando o papel das mulheres no ciclo da borracha – ausente em muitos monumentos brasileiros.
Personagens eternos: No Mercado, o "Doutor Raiz" atende turistas globais há 40+ anos: "Passar por Rio Branco sem vir aqui é não conhecer o Acre". E o Calçadão já foi "porto dos boêmios", com bares em casarões que ecoam o auge da borracha.
Celebração inédita: Em 2022, o 93º aniversário do Mercado foi o primeiro oficial da história – com bolo para 100+ comerciantes, provando que o "velho" continua "novo" e vital para a economia local.

3. Parque da Maternidade

Parque da Maternidade: Detalhes e Curiosidades

O Parque da Maternidade é o principal parque urbano de Rio Branco e um dos locais mais queridos pelos acreanos. Localizado no centro da cidade, ele ocupa uma área de cerca de 7 hectares e é ponto de encontro diário para caminhadas, esportes, eventos culturais e lazer em família — especialmente em feriados prolongados e datas comemorativas como o Dia das Crianças (12 de outubro), Dia do Evangélico (23 de janeiro no Acre) e o Aniversário de Rio Branco (28 de dezembro).

História e Origem do Nome

Início do século XX: O terreno pertencia à antiga Santa Casa de Misericórdia e, depois, à Maternidade de Rio Branco (daí o nome que ficou até hoje). Era um grande quintal com árvores frutíferas e muito verde.
1968–1972: Durante o governo de Wanderley Dantas, o local foi transformado em parque público, com projeto paisagístico do arquiteto José Carlos da Silva. Foi inaugurado oficialmente em 28 de dezembro de 1972, no aniversário de 90 anos da cidade — por isso é tradição fazer eventos de aniversário de Rio Branco lá.
Reforma completa (2005–2007): No governo de Binho Marques, o parque foi totalmente revitalizado: ganhou pista de cooper, academia ao ar livre, playgrounds modernos, quiosques, iluminação LED e o famoso lago artificial com pedalinhos. A reinauguração aconteceu em 28 de dezembro de 2007 (aniversário da cidade).

Estrutura Atual (2025)

Área total: ≈ 70.000 m²
Lago artificial com ilha e pedalinhos em forma de cisne e pato
2,2 km de pista de caminhada/cooper (borracha antiderrapante)
3 playgrounds temáticos (um deles acessível para crianças com deficiência)
Quadras de vôlei de areia, futsal e basquete de rua
Academia da Terceira Idade (ATI) e academia popular
Concha acústica (palco para shows)
Quiosques de lanches e sorveteria
Banheiros públicos e bebedouros
Arborização com espécies nativas (castanheiras, samaúmas, gameleiras) e frutíferas

Informações Práticas para Visitantes

Item

Detalhes

Endereço

Rua Milton Matos, s/n – Bosque, Rio Branco – AC (entrada principal)

Outras entradas

Rua Benjamin Constant e Av. Ceará

Horário

Diariamente das 5h às 22h (portões fecham às 22h)

Entrada

Gratuita

Estacionamento

Gratuito nas ruas ao redor (chega cedo nos fins de semana e feriados)

Pedalinho

R$ 15 (30 min) – funciona sábados, domingos e feriados, das 8h às 18h

Acessibilidade

Excelente – rampas, piso tátil, playground inclusivo

Melhores Datas para Visitar (ligação com feriados)

Data

Evento típico no Parque da Maternidade

28 de dezembro

Aniversário de Rio Branco – shows, feirinha, queima de fogos à noite

12 de outubro

Dia das Crianças – brinquedos infláveis, teatro infantil, distribuição de pipoca

Corpus Christi (junho)

Tradicional “tapete de serragem” colorido feito pelas paróquias

23 de janeiro

Dia do Evangélico – cultos ao ar livre e shows gospel

Sexta-feira Santa

Via-sacra encenada com centenas de atores

Setembro (1ª semana)

Expoacre Júnior – mini-fazendinha e atrações para crianças

Curiosidades e “Sabia que?”

Árvore mais famosa do Acre: A enorme gameleira centenária na entrada principal (lado Av. Ceará) é protegida por lei municipal. Diz a lenda urbana que quem abraça a árvore “ganha força da floresta”.
Lago dos desejos: Os acreanos jogam moedinhas no lago artificial pedindo namoro, emprego ou saúde. Nos fins de ano, funcionários recolhem centenas de reais em moedas (doadas para instituições de caridade).
Recorde de público: No Réveillon de 2023/2024 (entrada de 2024), mais de 38 mil pessoas passaram pelo parque para ver a queima de fogos — o maior evento já registrado no local.
Ponto de encontro amoroso: É comum casais dizerem “te encontro na gameleira” ou “no lago dos pedalinhos” — virou código romântico da cidade.
Cinema ao ar livre: Todo último sábado do mês (quando não chove) tem sessão gratuita de cinema no gramado, com pipoca free (projeto “Cine Maternidade”).
Habitantes ilustres: Capivaras apareceram no lago em 2020 e viraram atração. Hoje têm até nome (“Capitu” e “Capitão”) e página no Instagram feita pelos frequentadores.

Mini roteiro rápido para feriados

Manhã → caminhada ou cooper

10h → café da manhã nos quiosques (tapioca + açaí)

Tarde → pedalinho ou brincar com as crianças

Fim de tarde → pôr do sol no lago (um dos mais bonitos da cidade)

Noite → show ou evento na concha acústica

O Parque da Maternidade é aquele lugar que todo rio-branquense leva o visitante para “sentir o espírito da cidade”. Perfeito para fotos, descanso e vivenciar o dia a dia (e os feriados) do acreano de verdade!

4. Museu da Borracha

O Museu da Borracha Governador Geraldo Mesquita é o mais antigo espaço de memória do Acre, um verdadeiro portal para a história da colonização amazônica e do ciclo da borracha que moldou a identidade do estado. Localizado no coração de Rio Branco, ele guarda mais de 5.300 peças que narram a saga dos seringueiros, a Revolução Acreana e a migração nordestina — temas centrais em feriados como o Dia da Revolução Acreana (6 de agosto), o Aniversário de Rio Branco (28 de dezembro) e o Dia do Acre (15 de junho). Inaugurado em 1978, o museu foi revitalizado em 2018 e 2023, tornando-se um ponto imperdível para quem quer entender o "guerreiro acreano" durante celebrações patrióticas.

História e Construção

Origens (1978): Instituído por decreto estadual em 3 de abril de 1978 e inaugurado em 5 de novembro do mesmo ano, durante o governo de Geraldo Gurgel de Mesquita (daí o nome). A abertura celebrou o centenário da migração nordestina para o Acre, marcando o início da extração de borracha no final do século XIX. Inicialmente, ocupou uma sala na Assessoria de Comunicação da Secretaria de Educação e Cultura, depois na Biblioteca Pública Estadual (Av. Getúlio Vargas) e, em 1986, no Centro de Treinamento da Fundação Cultural (Rua Rio Grande do Sul, Aeroporto Velho).
Mudanças de Sede: Em 1990, com o fim da Superintendência de Defesa da Borracha (SUDHEVA), o museu mudou para o edifício histórico de 510 m² na Av. Ceará, 1144 — antiga sede do órgão, autorizada pelo Ministério da Agricultura. Esse prédio, de arquitetura neoclássica com azulejos e escadarias originais, simboliza a transição da borracha para a modernidade.
Revitalizações:
- 2013–2018: Fechado por problemas elétricos e estruturais; reaberto em 21 de dezembro de 2018 com R$ 1 milhão investidos pela Fundação Elias Mansour (FEM). Ganhou exposição tecnológica "Caminhos da Borracha: Floresta e Formação de um Povo", com projeções e auditório nomeado em homenagem à pesquisadora Celina Albuquerque.
- 2023: Fechado por 5 meses para obras de R$ 75 mil; reaberto em 17 de agosto, com foco em acessibilidade e conservação.
Atualidade (2025): Vinculado à FEM, o museu continua a expandir seu acervo com doações e pesquisas, integrando narrativas indígenas e ambientais ligadas ao legado de Chico Mendes.

O Museu e o Acervo

O espaço tem 7 salas temáticas, com acervo diversificado: paleontologia, arqueologia, etnografia, história socioeconômica e obras de arte. Destaques incluem:

Núcleo da Borracha: Equipamentos de seringueiros (machados, panelas de defumação), réplicas de animais e aves em borracha, e projeções de defumação/pesagem do látex.
Revolução Acreana: Uniformes e armamentos do exército, documentos do Tratado de Petrópolis (1903).
Migração e Cotidiano: Livro original de controle de imigração, réplica de barracão de seringueiro com rede mosquiteira, poronga (lamparina) e casa de defumação.
Biblioteca: 1.825 títulos sobre Acre, Amazônia e Brasil, com jornais, fotos e depoimentos em áudio/vídeo de protagonistas do ciclo da borracha (até 1945).
Exposições Especiais: Uma sobre o Santo Daime (religião ayahuasqueira nascida nos seringais) e painéis sobre o declínio dos seringais.

O acervo, formado por doações e aquisições iniciais, revela singularidades da sociedade acreana, como a "carga histórica" dos nordestinos que transformaram a selva em estado.

Informações Práticas para Visitantes

Ideal para roteiros em feriados: combine com o Memorial dos Autonomistas (próximo) no Dia da Revolução Acreana ou com o Palácio Rio Branco no aniversário da cidade.

Item

Detalhes

Endereço

Av. Ceará, 1144 – Centro, Rio Branco – AC, 69900-088 (próximo à Av. Getúlio Vargas)

Horários

Qua–Sex: 8h–17h; Sáb–Dom: 13h–17h (fechado seg/ter; confirme feriados na FEM)

Ingressos

Gratuito; visitas guiadas disponíveis (agende pelo site da FEM)

Acessibilidade

Moderada (rampas parciais; elevador em reforma pós-2023); banheiros adaptados

Contato

(68) 3223-1202; femcultura.ac.gov.br

Dicas

Duração: 1h–1h30; leve água (sem ar-condicionado em todas as salas); fotos permitidas

Melhores Datas para Visitar (ligação com feriados)

Data

Evento típico no Museu ou Conexão

6 de agosto

Dia da Revolução Acreana – Exposições especiais com palestras sobre 1899-1903

28 de dezembro

Aniversário de Rio Branco – Visitas noturnas e feirinha cultural no entorno

15 de junho

Dia do Acre – Hasteamento de bandeira + narrativas sobre migração nordestina

17 de novembro

Tratado de Petrópolis – Projeções e debates sobre anexação territorial

Setembro (Expoacre)

Integração com feira estadual, com foco em sustentabilidade da borracha

Curiosidades e “Sabia que?”

Primeiro museu do Acre: Inaugurado para o centenário da migração (1878–1978), ele é o "pai" dos espaços culturais do estado — sem ele, não haveria Memorial dos Autonomistas ou Museu dos Povos Acreanos.
Réplicas "vivas": As esculturas de animais em borracha (como onças e araras) foram feitas por seringueiros aposentados nos anos 1970, usando látex original — um "tributo ecológico" que ecoa o empates de Chico Mendes.
Depoimentos que "falam": Áudios de seringueiros reais narram a "vida na mata" (fome, malária, solidão); visitantes dizem que é como "ouvir os avós contando histórias" — perfeito para feriados familiares.
Edifício "fantasma" da borracha: A sede ex-SUDHEVA tem azulejos de 1940 com motivos amazônicos; durante o fechamento de 2013–2018, virou lenda urbana de "assombração de seringueiros".
Livro de imigração "secreto": O registro original de 1900 lista nomes de 10 mil nordestinos — inclui apelidos como "Caboclo" e revela que 70% eram cearenses, ligando ao Dia do Cearense (15 de março, celebrado no Acre).
Recorde de visitantes: Em 2023, pós-reforma, recebeu 15 mil pessoas; em feriados como 6/8, lota com escolas recriando a Revolução Acreana no pátio.

Mini roteiro rápido para feriados

Manhã → Chegada e tour guiado (foco em Revolução)

Meio-dia → Pausa na biblioteca para pesquisa genealógica (muitos descobrem ancestrais seringueiros)

Tarde → Exposição tecnológica + café no entorno (tapioca com queijo coalho)

Noite → Evento cultural próximo (ex.: show no Teatro Plácido de Castro)

5. Parque Ambiental Chico Mendes

Parque Ambiental Chico Mendes: Detalhes e Curiosidades

O Parque Ambiental Chico Mendes é o maior parque ecológico urbano de Rio Branco e um dos principais cartões-postais do Acre. Criado em homenagem ao líder seringueiro e ambientalista assassinado em 1988, ele ocupa 57 hectares na Rodovia AC-40 (estrada de Porto Acre), a apenas 12 km do centro. É o lugar perfeito para conectar natureza, história e consciência ambiental em feriados como o Dia do Meio Ambiente (5 de junho), Aniversário de Chico Mendes (15 de dezembro) e o Dia Nacional dos Povos Indígenas (19 de abril) — quando há eventos especiais, caminhadas e apresentações culturais.

História e Criação

1996: Criado por lei municipal nº 1.309, de 26 de dezembro de 1996, no governo de Jorge Viana, como forma de preservar a memória de Chico Mendes e promover educação ambiental.
Inauguração oficial: 15 de dezembro de 1998 (aniversário de 54 anos de Chico Mendes).
Objetivo: Recuperar área degradada por pastagem e mostrar que é possível viver da floresta em pé — exatamente a luta dos “empates” liderados por Chico.
2023–2025: Recebeu investimentos de R$ 3,5 milhões em revitalização (pistas, trilhas acessíveis, novo orquidário e centro de visitantes). Reaberto totalmente em março de 2025.

Estrutura e Atrações (2026)

Área total: 57 hectares (equivalente a 80 campos de futebol)

Atração

Detalhes

Trilha Suspensa

400 metros de passarela elevada na copa das árvores (acessível a cadeirantes)

Memorial Chico Mendes

Casa réplica da original em Xapuri, com objetos pessoais, fotos e áudio do líder

Zoológico de animais resgatados

Mais de 120 animais (araras, jacarés, onças-pardas, capivaras) — todos vítimas de tráfico ou atropelamento

Orquidário

380 espécies de orquídeas nativas da Amazônia (um dos maiores do Norte)

Viveiro de mudas

Produz 200 mil mudas por ano de espécies nativas (castanheira, açaí, copaíba)

Lagoa central

3 hectares com vitória-régia e peixes regionais

Trilhas interpretativas

3 opções (500 m a 2 km) com placas educativas

Playground ecológico

Feito de pneus reciclados e madeira certificada

Auditório

120 lugares, com exibição gratuita do documentário “Chico Mendes – Eu Quero Viver”

Informações Práticas para Visitantes

Item

Detalhes

Endereço

Rodovia AC-40, km 12 – Distrito Industrial, Rio Branco – AC

Horários

Terça a domingo e feriados: 8h às 17h (fecha às segundas para manutenção)

Entrada

R$ 5 (meia para estudantes, professores e idosos); grátis para crianças até 10 anos e moradores de Rio Branco no 1º domingo do mês

Alimentação

Lanchonete com açaí, tacacá e sanduíche de tambaqui grelhado (R$ 15–30)

Estacionamento

Gratuito e coberto

Acessibilidade

Excelente — trilha suspensa, memorial e banheiros 100% acessíveis

Como chegar

Ônibus linha 040 (Terminal Urbano) ou carro (12 km do centro)

Melhores Datas para Visitar (ligação com feriados)

Data

Evento típico no Parque Chico Mendes

5 de junho

Dia Mundial do Meio Ambiente – plantio coletivo e caminhada ecológica

15 de dezembro

Aniversário de Chico Mendes – missa campal, shows e lançamento de mudas

22 de dezembro

Aniversário da morte de Chico Mendes – vigília e exibição de filmes

19 de abril

Dia dos Povos Indígenas – apresentações de toré e pintura corporal

Setembro (1ª semana)

Semana Chico Mendes – palestras, teatro e feirinha de produtos da floresta

Curiosidades e “Sabia que?”

Onça-pintada “celebridade”: A onça “Kawá” (resgatada em 2017) tem Instagram oficial (@parquechicomendes) com 68 mil seguidores (2025).
Vitória-régia gigante: Uma planta no lago tem folhas de 2,20 m de diâmetro — a maior registrada no Acre. Crianças adoram tirar foto “sentadas” na folha (com segurança).
Trilha que “fala”: Na trilha suspensa, sensores ativam áudios com a voz original de Chico Mendes contando histórias dos empates.
Recorde de público: No Dia do Meio Ambiente de 2024, 12.800 pessoas em um único dia — maior movimento da história do parque.
Árvore plantada por famosos: Castanheira plantada por Leonardo DiCaprio em 2017 (ele visitou o parque em campanha contra desmatamento).
Casamento na floresta: Desde 2022, casais podem fazer cerimônia civil gratuita no memorial — mais de 80 casamentos já aconteceram.

Mini roteiro de 3 horas (ideal para feriados)

8h30 – Chegada + café da manhã regional
9h – Visita guiada ao Memorial Chico Mendes (40 min)
10h – Trilha suspensa + mirante
11h – Zoológico e orquidário
12h – Almoço na lanchonete (prove o tambaqui assado)
13h30 – Lagoa das vitórias-régias + fotos
15h – Viveiro de mudas (leve uma muda grátis para casa em dias especiais)

O Parque Chico Mendes é o lugar onde o visitante entende, na prática, por que o Acre é sinônimo de floresta em pé e resistência. Perfeito para fotos, reflexão e levar uma muda de árvore como lembrança!

6. Mercado do Bosque

Mercado do Bosque: Detalhes e Curiosidades

O Mercado do Bosque (oficialmente Mercado Municipal do Bosque) é o point gastronômico e cultural mais animado de Rio Branco. Fica dentro do Parque do Bosque (antiga área do Horto Florestal), a apenas 3 km do centro, e reúne o melhor da culinária acreana em um ambiente climatizado com música ao vivo quase todos os dias. É o lugar onde os acreanos levam os parentes de fora para comer um tambaqui frito e tomar açaí gelado — especialmente em feriados prolongados, fins de semana e datas como o Aniversário de Rio Branco (28 de dezembro) e o Dia do Evangélico (23 de janeiro).

História e Criação

2005: Idealizado pelo então prefeito Raimundo Angelim como solução para os camelôs que ocupavam o centro da cidade.
Inauguração: 30 de dezembro de 2005 — exatamente no aniversário de 123 anos de Rio Branco. Começou com 24 boxes.
Ampliação 2016: Passou de 24 para 72 boxes após reforma de R$ 4 milhões.
2023: Nova revitalização (piso, iluminação LED, pintura) e criação da “Praça de Alimentação Externa” com mesas ao ar livre e palco para shows.

Estrutura Atual (2026)

72 boxes de alimentação (peixes, carnes regionais, açaí, doces)
12 lojas de artesanato e produtos indígenas
Praça de alimentação interna climatizada (400 lugares)
Área externa com mesas de madeira sob árvores centenárias
Palco fixo para shows ao vivo (terças, quintas, sábados e domingos)
Estacionamento para 300 carros (gratuito)

Informações Práticas

Item

Detalhes

Endereço

Rua Antônio Correia Lima, s/n – Bosque (entrada pelo Parque da Maternidade ou Via Verde)

Horários

Terça a domingo: 7h às 22h (fecha às segundas)

Melhor horário

Almoço (11h–15h) ou fim de tarde (17h–21h) para música ao vivo

Preços médios

Prato feito (tambaqui frito + baião): R$ 35–55

Entrada

Gratuita

Estacionamento

Gratuito e seguro

Acessibilidade

Excelente – rampas, banheiros adaptados, mesas altas e baixas

O que comer? (os campeões de venda)

Tambaqui frito na brasa com farofa de formiga (Box da Dona Raimunda)
Costela de tambaqui assada (Box do Zé Pescador)
Caldeirada de tucunaré
Pirarucu à casaca
Açaí batido com xarope de guaraná e peixe frito (tradição local!)
Doces: bolo de macaxeira, queijada de castanha

Melhores Datas para Visitar (feriados e eventos)

Data

O que rola no Mercado do Bosque

28 de dezembro

Aniversário de Rio Branco – shows até meia-noite + bolo gigante

23 de janeiro

Dia do Evangélico – cultos ao ar livre e shows gospel o dia todo

Corpus Christi

Tapete de serragem na entrada + missa campal

Todo sábado à noite

Projeto “Sabadão do Bosque” – forró, MPB e sertanejo ao vivo

Domingo de manhã

Café regional com tapioca, cuscuz e suco de cupuaçu

Curiosidades e “Sabia que?”

Box mais antigo: O Box 01 da Dona Raimunda funciona desde o 1º dia (30/12/2005) — ela já serviu mais de 1 milhão de pratos!
Recorde de público: No aniversário da cidade de 2024, mais de 18 mil pessoas passaram em um único dia.
Açaí “oficial” do Acre: O açaí do Box 45 foi eleito o melhor da capital em 2023 e 2024 pelo Prêmio Sabores do Acre.
Árvore centenária iluminada: A samaúma gigante no centro da praça externa tem mais de 200 anos e vira “árvore de Natal” todo fim de ano.
Casamento coletivo: Em 2023, 12 casais casaram de graça no palco do mercado no Dia dos Namorados.
Visitantes famosos: Leonardo DiCaprio (2017), Marina Silva, Gisele Bündchen e o jogador Neymar (2022) já comeram tambaqui ali.

Mini roteiro para feriados

11h – Chegada + estacionar perto da samaúma
11h30 – Almoço (peça tambaqui frito com dois limões!)
13h – Sobremesa: açaí com peixe frito (sim, é tradição!)
14h – Compras de artesanato indígena (biojoias, redes, castanha)
17h – Happy hour com música ao vivo e cerveja gelada
20h – Foto na samaúma iluminada antes de ir embora

O Mercado do Bosque é o lugar onde você prova o Acre no prato e sente o calor humano da cidade. Quem vai uma vez, vira cliente fiel!

Dicas Gerais para o Turista em Rio Branco

Clima: É muito quente e úmido. Use roupas leves, protetor solar e hidrate-se muito.
Fuso Horário: Lembre-se que o Acre tem -2 horas em relação a Brasília.
Transporte: O Uber funciona bem na cidade, mas em horários de pico pode demorar um pouco. O transporte público (ônibus) é integrado pelo Terminal Urbano.