São João da Cruz, um mestre de teologia e místico espanhol que viveu no século XVI. No ano de 1926, o Papa Pio XI proclamou-o Doutor da Igreja e é conhecido como "Doutor místico".
Outros Santos do mesmo dia: Santo Esperidião, Santos Nicásio e companheiros, Santo Venâncio Fortunato, Beato Conrado de Offida, Beato Boaventura Buonaccorsi, Beato Nicolau Artista, Beata Joana Lambertini e Santa Nimutallah Youssef Kassab Al-Hardini.
São João da Cruz
Hoje celebramos a memória de São João da Cruz, um dos mais importantes místicos e poetas da Igreja Católica. Nascido na Espanha em 1542, ele se juntou à Ordem Carmelita aos 21 anos e logo se destacou por sua profunda espiritualidade e sabedoria.
Juntamente com Santa Teresa de Ávila, São João da Cruz foi um dos principais fundadores da Ordem Carmelita Descalça, um ramo reformado da Ordem Carmelita que buscava uma vida de maior simplicidade e rigor evangélico. Ele enfrentou muitas perseguições por causa de suas reformas, mas nunca desistiu de sua visão de uma vida consagrada à união mística com Deus.
São João da Cruz é conhecido por seus escritos místicos, que descrevem com clareza e profundidade o caminho da alma para Deus. Seus livros mais famosos incluem "Subida do Monte Carmelo", "Noite Escura da Alma" e "Chama Viva de Amor".
Além de seus escritos teológicos, São João da Cruz também foi um poeta talentoso. Seus poemas, impregnados de simbolismo e beleza, expressam sua profunda experiência de Deus e do amor divino.
Em 1926, São João da Cruz foi declarado Doutor da Igreja pelo Papa Pio XI, um título concedido aos santos que fizeram contribuições significativas para a doutrina e a teologia católica.
O legado de São João da Cruz continua a inspirar pessoas de todo o mundo, especialmente aqueles que buscam uma vida de oração, contemplação e união com Deus. Seus ensinamentos oferecem um guia valioso para o crescimento espiritual e a transformação interior.
Ó São João da Cruz, mestre da mística e poeta do amor divino,
Iluminai nossos corações com a vossa sabedoria celestial.
Ajudai-nos a subir o Monte Carmelo da purificação e da desapego,
E a entrar na Noite Escura da fé e do abandono.
Concedei-nos a graça de experimentar a Chama Viva do Amor divino,
E de nos unirmos a Deus em perfeita união mística.
Amém.
Esperidião nasceu em 270 d.C., na humilde cidade de Trimitous, em Chipre. Apesar das dificuldades da vida simples, ele encontrou na fé cristã a base para sua existência. Casou-se e teve uma filha, Irene, que seguiu o caminho da consagração a Deus. Após a morte de sua esposa, Esperidião decidiu dedicar-se inteiramente à vida religiosa.
Em busca de aprofundar seus conhecimentos teológicos, Esperidião partiu para Alexandria, no Egito. Lá, estudou na escola catequista, mas logo percebeu que sua vocação o chamava para a vida monástica. Entrou para a comunidade religiosa de Santo Antônio, abade, onde se entregou à oração, à meditação e à vida austera.
Reconhecido por sua sabedoria e santidade, Esperidião foi chamado pela Igreja para exercer o ministério episcopal. Consagrado bispo de sua cidade natal, ele retornou a Trimitous, levando consigo os ensinamentos e a experiência da vida monástica. Mesmo em sua nova posição, ele manteve a simplicidade e a austeridade que sempre marcaram sua vida.
Esperidião era agraciado com o dom da cura e da profecia. Realizou diversos milagres, curando enfermos, expulsando demônios e até mesmo ressuscitando mortos. Sua fama se espalhou por toda a região, e ele era venerado pelos habitantes como um santo em vida.
Durante as perseguições aos cristãos, Esperidião foi capturado e forçado a confessar sua fé diante do imperador Maximiliano. Por sua fidelidade a Cristo, ele sofreu terríveis torturas, perdendo o olho esquerdo e a mobilidade da perna esquerda. Condenado aos trabalhos forçados nas minas, ele suportou com fé e heroísmo todas as provações.
Após o fim das perseguições, Esperidião retornou à sua diocese e participou ativamente da defesa da fé cristã. No Concílio de Nicéia, ele debateu com um filósofo pagão que insultava as verdades da doutrina, convertendo-o ao final da discussão. Também esteve presente no Concílio de Sardenha, onde defendeu com ardor o futuro santo Atanásio, bispo de Alexandria.
Esperidião faleceu em sua diocese, em data incerta, após o ano 347. Já venerado por sua santidade em vida, sua fama só cresceu após sua morte. No século XV, quando Chipre foi invadida por árabes muçulmanos, as relíquias de Esperidião foram escondidas e o local da sepultura se impregnou com um suave perfume de basílico, evidenciando sua santidade.
Atualmente, as relíquias mortais de Santo Esperidião estão guardadas na igreja que leva seu nome, na ilha grega de Corfu. O local se tornou um importante santuário, atraindo peregrinos e devotos do Oriente e do Ocidente.
A Igreja Católica celebra a memória de Santo Esperidião no dia 14 de dezembro. Em Corfu, ele é homenageado anualmente com quatro procissões, em sinal de gratidão por suas intercessões na salvação da cidade e dos seus habitantes em diversas situações de calamidade.
A vida de Santo Esperidião nos inspira pela sua fé inabalável, sua força diante das adversidades, sua caridade para com os necessitados e seu amor incondicional a Deus. Ele é um modelo de santidade e um intercessor poderoso, sempre pronto a atender às súplicas dos que o invocam com fé.
Ó Santo Esperidião, taumaturgo e bispo de Trimitous,
Intercedei por nós junto ao Senhor Jesus Cristo.
Pedimos-vos que cureis nossos doentes, conforteis nossos aflitos e nos protejais de todo mal.
Dai-nos a força para enfrentar as dificuldades da vida e a fé para perseverar em nossas tribulações.
Concedei-nos a graça de viver uma vida santa e virtuosa, conforme a vontade de Deus.
Santo Esperidião,