Joaquim José da Silva Xavier nasceu em 12 de novembro de 1746. Trabalhou como mascate, minerador, farmacêutico e dentista, profissão em que ganhou o apelido de Tiradentes.
Depois de adulto, alistou-se na tropa militar da Capitania de Minas Gerais, onde ficou até chegar ao posto de alferes (que hoje corresponde a segundo-tenente). Afastou-se em 1787, após sete anos de serviço sem nenhuma promoção importante na carreira.
Entre 1788 e 1789, a Capitania de Minas Gerais foi tomada por uma forte insatisfação com os altíssimos impostos exigidos pela Coroa portuguesa. Inspirada pelas ideias iluministas de liberdade e igualdade que pipocavam na Europa, a elite da Capitania começou a articular um movimento revolucionário.
A gota d’água foi quando a Coroa autorizou a cobrança de impostos através da chamada Derrama, que incluía prisão e confisco de bens. Planejou-se, então, a Inconfidência Mineira, movimento que pretendia libertar Minas Gerais e torná-las um país independente – desenhou-se inclusive uma bandeira para a nova República.
A revolução deveria estourar no dia em que seria cobrada a Derrama, incluindo a execução do Governador da Capitania em praça pública. No entanto, a revolta foi denunciada por Joaquim Silvério dos Reis em troca do perdão de suas dívidas com o governo. Todos os participantes foram presos, e enquanto todos os outros negavam sua participação, Tiradentes declarou-se líder do movimento.
Tiradentes foi o único sentenciado a pena de morte. Foi enforcado no dia 21 de abril de 1792 e depois esquartejado: seus membros foram espalhados pelos lugares onde ele pregava sua ideologia e a cabeça exposta em frente à sede do governo mineiro.