Nasceu na Pérsia no ano 394. Logo que foi evangelizado, engajou-se na igreja e descobriu a sua vocação ao diaconato. “Para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho”.
Outros beatos e santos que a Igreja faz memória em 31 de março:
Santa Balbina, cuja basílica no monte Aventino testemunha a veneração do seu nome. († a. 595)
Santo Agilolfo, bispo, ilustre pela sua pregação e santidade de vida, na Alemanha († 751/752)
São Guido, abade do mosteiro de Pomposa, que, depois de ter recebido muitos discípulos e construído edifícios sagrados, se consagrou inteiramente à oração, à contemplação e ao culto divino, na Itália († 1046)
Beata Joana, virgem da Ordem das Carmelitas, na França († s. XIV)
Beato Boaventura de Forli, presbítero da Ordem dos Servos de Maria, que, pregando em diversas regiões da Itália, exortou o povo à penitência e morreu octogenário durante uma pregação quaresmal, na Itália († 1491)
Beato Cristóvão Robinson, presbítero e mártir, que foi testemunha do martírio de São João Boste, na Inglaterra. († 1597)
Beata Natália Tulasiewicz, mártir, que, durante a ocupação militar da Polônia, sua pátria, foi encerrada num campo de concentração, na Alemanha († 1945)
São Benjamim
São Benjamim é um santo cristão, conhecido como mártir da Igreja, cuja vida e legado são celebrados pela Igreja Católica em 31 de março. Ele viveu na Pérsia (atual Irã) no início do século V e é lembrado por sua dedicação ao evangelho e por sua coragem diante da perseguição. Abaixo, apresento uma visão detalhada sobre São Benjamim, cobrindo sua vida, martírio, contexto histórico, legado e relevância, com base nas informações disponíveis.
Nascimento: São Benjamim nasceu em 394 na Pérsia, em uma região chamada Argol (ou Ergol), durante o Império Sassânida.
Vocação: Após ser evangelizado, Benjamim descobriu sua vocação para o diaconato, dedicando-se ao serviço da Igreja. Ele se engajou ativamente na pregação do evangelho, inspirado pela frase do apóstolo Paulo: “Para mim, o viver é Cristo, e o morrer é ganho” (Filipenses 1:21).
Características: Era conhecido por seu ardor apostólico, eloquência na pregação e amor pelas almas. Sua habilidade como pregador levou muitas pessoas à conversão, incluindo sacerdotes de religiões pagãs persas.
Perseguições aos Cristãos: Benjamim viveu em um período de intensas tensões políticas e religiosas entre o Império Persa e o Império Romano. Após um período de relativa paz para os cristãos sob o rei Isdegerdes I (ou Isdeberg), as perseguições foram retomadas por volta de 420, desencadeadas pelo bispo Abdas, que destruiu um templo de fogo zoroástrico (Atar). Isso provocou a ira do rei, que ordenou a destruição de igrejas cristãs e a perseguição dos fiéis, uma campanha que durou cerca de 40 anos sob Isdegerdes e seu sucessor, Vararáne V (ou Varanes).
Cristianismo na Pérsia: Os cristãos na Pérsia enfrentavam discriminação e hostilidade, especialmente por serem associados ao Império Romano, inimigo político dos persas. A pregação de Benjamim, que atraía conversões, foi vista como uma ameaça à religião zoroástrica dominante.
Motivo: Devido à sua influência como pregador e à insatisfação do rei Isdegerdes com suas atividades, Benjamim foi espancado e preso por cerca de um ano. Durante esse período, ele se dedicou à oração, meditação e escrita, mantendo sua fé inabalável.
Libertação Temporária: Negociações entre o embaixador romano e o rei persa resultaram na libertação de Benjamim, sob a condição de que ele não pregasse mais entre os magos e sacerdotes zoroástricos. Ele recusou essa restrição, declarando que não poderia “fechar as fontes da graça divina” nem deixar de “fazer brilhar a verdadeira luz” do evangelho. Apesar disso, foi solto sob fiança do embaixador.
Retorno à Pregação: Após ser libertado, Benjamim retomou sua missão com ainda mais fervor, convertendo muitos e atraindo a atenção do rei.
Confronto com o Rei: Isdegerdes, informado de suas atividades, convocou Benjamim e ordenou que ele adorasse o sol e o fogo, símbolos do zoroastrismo. O diácono respondeu corajosamente: “Faz de mim o que quiseres, mas eu nunca renegarei o Criador do Céu e da terra, para prestar culto a criaturas perecedouras.” Ele desafiou o rei, perguntando: “Que juízo farias de um súdito que prestasse a outros senhores a fidelidade que te é devida a ti?”
Tortura e Morte: Enfurecido, o rei ordenou que Benjamim fosse torturado publicamente. Ele sofreu cruéis suplícios, incluindo farpas cravadas sob as unhas e em partes sensíveis do corpo, além de outras torturas com varas agudas. Como persistiu em sua fé, foi submetido ao suplício da empalação, morrendo por volta de 424 (algumas fontes indicam 422 ou 420).
Martírio Coletivo: Segundo algumas tradições, Benjamim morreu junto com um grupo de fiéis, em represália à destruição do templo zoroástrico.
Data de Celebração: São Benjamim é celebrado em 31 de março (memória facultativa) pela Igreja Católica.
Significado: Sua vida e martírio são um exemplo de perseverança, coragem e fidelidade a Cristo, mesmo diante de sofrimento e injustiça. Ele é invocado como intercessor para fortalecer a fé dos cristãos em tempos de adversidade.
Fidelidade à Fé: Benjamim é lembrado por sua recusa em renunciar a Cristo, mesmo sob tortura. Sua história ensina a importância de manter a integridade espiritual e a lealdade a Deus.
Ardor Apostólico: Sua dedicação à conversão de almas e sua habilidade como pregador destacam o papel dos diáconos na evangelização.
Reflexão Espiritual: Uma reflexão tradicional associada a ele, conforme Alban Butler, é: “Imploramo-vos, é santíssimos mártires, que alegremente sofrestes as cruéis tormentos por Deus Nosso Salvador e Seu amor, que rogueis ao Senhor por nós, miseráveis pecadores cobertos de imundícia, para que nos infunda a graça de Cristo.”
Uma oração associada a São Benjamim é:
“Senhor Jesus, aos 30 anos, Benjamim teve a coragem de sofrer e morrer por Ti. Dá-me essa graça, se preciso for. Amém.”
Falta de Bairros ou Instituições: Diferentemente de São João Clímaco, que inspirou o nome de um bairro em São Paulo, não há registros de bairros ou instituições significativas no Brasil nomeadas em homenagem a São Benjamim. Sua devoção é mais comum em contextos litúrgicos e entre comunidades que valorizam os mártires da Igreja primitiva.
Relevância Atual: A história de São Benjamim ressoa em contextos modernos de perseguição religiosa, servindo como inspiração para cristãos que enfrentam discriminação ou hostilidade por sua fé.